sábado, 24 de dezembro de 2011

É Natal




É Natal. O badalar dos sinos ressoa misturados aos sons dos corações que tocam em uníssono. É chegada a mais bela data de todos os anos. A mais pura e singela beleza emoldurada pelo brilho do amor que paira sobre nós. Época que todos se dão as mãos e elevam o olhar numa única direção, à estrela guia esperança. E, neste dia tão especial que o Verbo Amor se fez Carne entre nós que possamos antes de qualquer coisa agradecer a Deus, ao nosso Papai Noel Maior pelo presente chamado Vida. Afinal que data melhor pra se fazer isso senão no dia que se celebra a vinda, o nascimento do menino Jesus? É com o olhar de quem ama e de quem espera o melhor que vida pode oferecer (porque a Vida é assim além de ser Flor da existência que nos foi concedida com muito amor, como maior e mais belo Presente, ela própria nos presenteia a cada passo, a cada descoberta. A vida é presente constante) que meus desejos tremulam ao vento pedindo a Deus que o Espírito Natalino, essa íntima relação entre todas as almas humanas iluminadas pela Luz Divina, perdure não só nas noites de Natal, mas durante os 365 dias do Ano. Que a Vida se refaça e se renove em cada um levando embora todas as dores (mágoas, rancores, tristezas e angústias). Que as energias positivas somadas e irradiadas neste dia deem um colorido maior aos dias que virão. Que o fogo do Amor aqueça e envolva a todos com ternura e afeto. Que sejamos mais entrega e doação. Que a semente da Flor de Amor plantada hoje floresça e que a alegria, a bondade, a harmonia, a fraternidade e a paz se façam sempre presente. Amém!

Desejo um dia recheado de coisas boas, de abraços e sorrisos sinceros e muito, muito amor. Feliz Natal a todos! Paz e Bem! =*

[Angella Reis]

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Apelo




Papai
Ao olhar teu retrato
Tenho saudades profundas
De coisas comuns
Dos breves e longos momentos
Em que estivemos juntos
Das boas risadas
De ouvir tua voz
Chamando-me
Cheio de ternura
Sonhar com você
É viver outra vez
Um passado que não volta mais.

Recordo aquele trágico instante...

A lei sem nome
Bate à porta
E pede que abra em
nome de tal lei.
Que Lei?
Em nome de poderes?
Do uso desmedido da força?
Da força de armas em punho
Do império de homens maus
Que não são felizes e
Nem trazem felicidade?
Que se dizem no devido cumprimento do dever?
Que dever?
Acaso há dever sem Lei?
Sem mandado?
Não! Não devo conter meu grito
Não posso calar a voz que palpita
Em meu peito aflito, ferido.

Escuta, escuta este apelo em versos livres
Fecha os olhos e sinta
A lâmina cortante em minha alma
A dor lancinante que senti
Ao presenciar a seqüência de atos
Brutalmente executados
Que fizestes papai?
E se fizestes?
Por acaso algo descomunal
Que pudesse acarretar o mal sofrido?
Acaso, é direito ceifar a vida de alguém com bases em futilidades?

Vige um tempo de ruínas
Em que o descrédito na lei ameaça tolher-nos
É certo sentirmo-nos intimidados com a própria polícia?
Que assusta, que amedronta
Não! Quero acreditar que a Justiça existe
E, faz morada na paz,
E é de lá que surgem
Os desejos, as emoções,
De todas as crianças,

Quero crer que onde há sociedade,
Aí há justiça

Quero crer que o direito de exercer a força
Não pode ser superior à força do direito
O direito que vem das minhas entranhas
O direito que clama o meu pequenino ser,
Implorando o devido cumprimento do dever

Não! não quero crer que a impunidade seja vivenciada
Quero crer na paz social, na ordem pública e na aplicação da lei
A lei com nome.
A lei que é lei
E fazer jus ao suor das minhas lágrimas.


Angella Reis



*Poema inspirado em fato verídico, na dor de uma criança ao presenciar cena de violência policial perpetrado contra seu pai.

Ps.: Sem querer macular a classe que tbém é composta por homens sérios e de excelência profissional.


"Gosto da brisa que acaricia ou a lufada forte que joga para trás e impulsiona para frente. De sentir o sangue ferver e a adrenalina subir a mil. Do sopro que realimenta e faz encher e transbordar de existência"

[Angella Reis]



"E mesmo com meu olhar distante lembro de você a cada instante"

[Angella Reis]



"(...) A bem da verdade era o descompasso do meu coração ribombando ao compasso de uma sinfonia musical orquestrada por arcanjos. Sintomas, talvez, de amor, saudade e uma pitada de esperança ao rever o bem amado"

[Angella Reis]



"É assim que me encontro, desabrochando, amanhecendo, se dando para a vida, talvez ainda num caminhar incerto, mas o tempo é feito de incertezas, de vacilações, e é desta forma que sou, inconstante, feita de metades e incompletudes que se complementam e se inteiram entre si. Mulher de fases!"

(Angella Reis)



"(...) A vida não foi feita para se economizar, por isso gaste-a, Viva, sem medo, ou terá ficado, para sempre, às margens de si mesma ... Para sempre é muito forte!" (Angella Reis)

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Encontro



Há muitos ao redor desejando a visão do paraíso, o modelo de anjo que se faz sol, mas à minha frente há apenas um. Todo o resto são rostos e vozes desconhecidos na multidão. À nossa volta um círculo formando um elo, nossos olhos se cruzam, baixo os meus para evitar o choque elétrico. Os lábios dele sorriem levemente e eu me pergunto se o motivo é por estar a escutar o descompasso do meu coração. Caminho até o portão de desembarque onde me espera com um sorriso de boas vindas!

Como poderia imaginar que depois de anos o que fora partida tornar-se-ia encontro, não marcado, mas predestinado, previsto na janela do tempo. Parafraseando Caio Fernando Abreu: ”O que tem de ser tem muita força”. É tipo não poder afirmar categoricamente, dessa água jamais beberei porque por mais que nossos atos sejam determinantes há sempre algo que nos escapa, foge do nosso controle. Você pode fazer planos de viajar por outros ares e no percurso, ou antes, de concretizar a idéia, haver uma mudança brusca que te leve a outro lugar e lhe apresente ‘o chamado: inesperado’, exteriormente, porque no recôndito, no fundo, fundo mesmo, há infinita espera, ainda que inconsciente, perdido, esquecido, guardado ou adormecido em algum lugar, talvez em gavetas de desistências. Há coisas que não valem à pena persistir e há coisas que não são permitidas, porque vieram desencontradas, ou nem tanto assim, visto que tudo tem o momento certo. Porventura, todos os caminhos por quais trilhamos, estão traçados na palma das nossas mãos, e, quiçá, marcados nas calçadas invisíveis do espaço que se cruzam e por vezes se entrelaçam em tantas outras. Num emaranhado algumas dão nós, outras se tornam laços, feitos e desfeitos.

E agora essas linhas nos puxam ao encontro um do outro como se estivéssemos atados a um anzol, fisgados pela boca, vontade de devorar o que já consome, os olhos afoitos suplicam, mas os passos são comedidos como a temperar dentro do peito a emoção. À espera das horas.

Milagre é ver o impossível se realizar a cada instante.


Angella Reis


*Qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência.

domingo, 11 de dezembro de 2011



"Basta que eu queira, e eu quero Meu Deus! Eu quero experimentar novamente a doçura da graça que passa. O calor ardente do sol, o perfume que paira na atmosfera e embriaga. Ouvir o riso das estrelas, o sorriso misterioso da lua e se deixar contagiar. Permitir o vento levar as asperezas que atravancam o caminho. Florescer! Entregar-se e entregando-se não sentir-se metade, não ficar partida, mas inteira e plena, como plenos devem ser os dias"

(Angella Reis)



"É como uma árvore criou raízes fundas dentro de mim. Os galhos atravessam, crescem para fora, me abrigam e eu me deito à sua sombra.”

(Angella Reis)



"Contemplou a garota que olhava para ela e ela por sua vez mirava a imagem refletida. Mirou-se mais uma vez e gostou do que viu"

[Angella Reis]


"Não sei se você é tudo isso que imagino, que deixa transparecer tanto em ti, só sei que é o bastante para te querer"

[Angella Reis]



"Não quero parar no meio do caminho, quero continuar a seguir em frente"


Angella Reis

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails