quinta-feira, 2 de dezembro de 2010




"Enfeite a árvore de sua vida
com guirlandas de gratidão!

Coloque no coração
laços de cetim
rosa, amarelo,
azul, carmim,

Decore seu olhar
com luzes brilhantes
estendendo as cores em seu semblante

Em sua lista de presentes
em cada caixinha
embrulhe um pedacinho de amor,
carinho, ternura,
reconciliação, perdão!

Tem presente de montão
no estoque do nosso coração
e não custa um tostão!

A hora é agora!
Enfeite seu interior!
Sejas diferente!
Sejas reluzente!" (Cora Coralina)


Desejo a todos Feliz Natal e um Ano Novo repleto de Amor, Paz, Saúde, Felicidade e Grandes Realizações! Deus os abençoe! =*



Um beijo terno


Angela Reis

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Amor e fé




"Ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos, se não tiver Amor sou como o bronze que soa ou o sino que retine... mesmo que tivesse toda a fé a ponto de transpor montanhas, se não tiver amor, não serei nada. (Paulo, Carta aos Coríntios, Cap. 13)"





"... Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o que, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo outra vez" (Caio Fernando Abreu, In Morangos Mofados)


Angela Reis


Um beijo terno no coração de todos =*



sábado, 13 de novembro de 2010

Flor azul

The Kiss - Gustav Klimt





“Dirão, eu sou as coisas que caladas no silêncio dos olhos confessamos” (José Saramago)

“... e na primavera, o amor, quero teu riso como a flor que esperava, a flor azul” (Pablo Neruda)





Estive a espera por longa data, mas você veio. Cumpriram-se as promessas entre a viagem e o sonho, entre a realidade e a ilusão, numa dança rítmica do esperado, do imaginário. Houve um tempo em que tudo fora triturado, mas como a árvore de mulungu tenho uma capacidade extraordinária de regeneração. Experimentei o amargo da dor de perder o que tanto se esperou, e a doçura do reencontro. A dor também foi minha injeção de ânimo, projetou em mim forças que jamais imaginei ter. Existem bênçãos na dor, eu provei o sabor. A felicidade ainda não é completa, mas já é felicidade e ela grita risonha dentro de mim...

“Nem a noite nem o sonho puderam separar-nos.
Dormi contigo, amor, despertei, e tua boca
saída de teu sono me deu o sabor da terra,
de água-marinha, de algas, de tua íntima vida,
e recebi teu beijo molhado pela aurora
como se me chegasse do mar que nos rodeia” (Pablo Neruda)


Angela Reis ( Luna Luz)





Veja também:

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Recebi este selo da minha querida amiga Pedras Nuas dos blogs

sei_lá
Os meus ensaios
A arte é o encontro da vida

"reconhecimento dos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc.... que, em suma, demonstrem a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras e as suas palavras. Estes selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web

Meus sinceros agradecimentos Amiga =* Tenho por você grande carinho e admiração não só pela pessoa maravilhosa e de princípios, mas também pelo trabalho que desempenha, teus escritos, teu olhar sobre tudo. Receber este selo através de você é uma grande honra. Obrigada! =)

Vou repassá-lo aos

Meu reino
A arte é o encontro da vida
Raios
Vanuza Pantaleão/Obra literária
Lesados em geral
Desnuda
Jardim Cósmico
Lançando palavras
Em teus versos
Pérola marinha dois
Cuidando do nosso canteiro interior
Espiritual-idade
Seja essência e não aparência
Eu e daí
Rosa Choque
Ave do paraíso
Sem você eu nada seria
Vem comigo pro matagal
Retalhos e rabiscos
No livro da vida
O livro do dias dois
Pelos caminhos da vida
Sam
Pati Araújo – blog flor de Lís
RosaSolidão
Oxigênio
Aleatoriamente
Abrigo dos Sábios
Depois do Divã
Ediney Santana: Non, Je ne regrette rien
Escrevivendo
Lidacoelho
Memórias vivas e reais
Viver é pura magia
Viver em palavras
Rumo à escrita
Contemporâneas
Foto ao acaso
@ugust@ = simplicidade
Conhecer e seguir Jesus
Em tons de azul
Palavras ao vento
Duas pontas de lápis
Foi desse jeito que ouvir dizer
Pequenas epifanias
Poliedro
Interioridades
Mulher na polícia
Novas estações
Espaço aberto
Palavras e poemas
Cadinho
Cia do grafite
Marco Coiatelli
Por que você faz poema?
Meu carinho e reconhecimento a todos =*

domingo, 24 de outubro de 2010

Ins - Piração




“Sinto-me inteira igual às árvores: solitária, perfeita e pura” Cecília Meireles




Por que nossa inspiração vem nos lugares mais inusitados? Queria que o cérebro tivesse um sistema que ao meu comando os pensamentos fossem parar na caixa de entrada do e-mail: “Mensagem para você!”. Se desfragmentados eu poderia reuni-los e montá-los como peças de um quebra cabeças e acrescentar quiçá outros instantes de Inspiração. Perco-me em devaneios, INs-PIRAR-AÇÃO, e esmiuçando, deparo-me com pluralidade de sentidos, de um sentir que não é só meu, e ao mesmo tempo o é (IN – fonte, de onde provém; por sua vez podemos extrair também o verbo INSPIRAR – sorver o ar, o que nos é externo ou iluminar o espírito; e ainda há PIRAÇÃO – loucura, maluquice qualquer; e por fim AÇÃO – ato de fazer alguma coisa, movimento que nos impulsiona). Veja só os caminhos que nos levam à inspiração e a loucura sempre presente, Dios mio! E por falar em loucura, uma vez disseram-me que eu não era normal, ao que indaguei: o que é normal para você? Normal = comum ou o precedido de regras que obrigatoriamente tem que ser obedecidas? De acordo com a norma, exemplar? O normal e eu nos estranhamos, quero mesmo é abraçar a loucura. Será que existe alguém normal ou o louco esconde-se dentro de cada um? Confessais... Deixe-me ser doida de pedra. Segundo Martha Medeiros “toda mulher é doida, impossível não ser” (In Doidas e Santas, pag. 211). Estava a falar sobre inspiração e acabei divagando...

Surtos de inspiração ocorrem-me sempre em viagens, principalmente no percurso do trabalho. A paisagem me faz tais provocações, causa-me certa euforia, como se eu a pertencesse e ela também a mim. Eu sou a paisagem e a paisagem também sou eu, uma espécie de comunhão. Vejo-me no verde das plantas e da relva, nos troncos, nas árvores, nos laranjais, nos traços desenhados nas nuvens em forma de sinais, em todo o conjunto que se me apresenta e também me vejo numa certa árvore que serve de cerca que há pouco tempo fiquei sabendo que é conhecida vulgarmente por Sabiá. É que as árvores também cantam. Quem nunca ouviu o canto das árvores misturado aos sons do vento não sabe o que está perdendo... E como encantam também... Encantei-me com a Sabiá. O homem explicou-me que ela possui muitos espinhos, mas nela eu desejaria sangrar. Como seria seu abraço? Fecho os olhos e me imagino entre elas. Suas mãos tocam-me suaves e fortes ao mesmo tempo, os espinhos cravam a minha pele e o sangue escorre virginal. Sinto a seiva que lhe faz verde e experimento a inexperiência de ser árvore. A Sabiá também nos dá sombra e entre os seus galhos pequenos feixes de luz. Reluzio. O verde me alucina. Será que todo verde possui alucinógeno? Sobre alucinógeno, recordei agora de um amigo que certa vez, em tom brincalhão, disse-me que eu estava “viajando”, ao que respondi: “o bom é que não preciso de droga nenhuma”, risos. Não sei explicar, há qualquer coisa que me fascina. O cheiro inebriante brota da raiz da terra misturado às folhas e à mornidão do sol, por seu turno este me abrasa, ao seu toque sinto-me nua. E quando fico nua o desejo é a entrega. Entrego-me à paisagem. Existe uma força que me liga à terra e ao céu, ad infintum. A natureza que emana da paisagem que se descortina também explode em mim. Mas de repente a paisagem fica para trás e chega a hora de pousar. Finco os pés no chão, o serviço me espera...



“... No começo era o verbo
Só depois é que veio o delírio do verbo
O delírio do verbo estava no começo
Lá onde a criança diz:
Eu escuto a cor dos passarinhos
A criança não sabe que o verbo escutar não funciona para cor, mas para som
Então se a criança muda a função de um verbo ela delira
E pois
Em poesia que é a voz do poeta, que é a voz de fazer
Nascimento – o verbo tem que pegar delírio” Manoel de Barros – In O livro das ignorãças



Manoel, inda não conseguir fazer o verbo delirar, mas continuamente deliro por ele.

Angela Reis
bjos no coração ;)
P.s A demora em responder se deve ao exercício de outras atividades. Visitarei todos =*

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vir à luz





“Mas nunca me faças lúcida
Que meus desejos não são.
E não me ponhas aureola
Que por usá-la constante
Me daria obrigação”.
Ladjane Bandeira, In
http://www.samdesnuda.blogspot.com/






Nasci e cresci no mesmo endereço, numa casa grande com frondosas árvores. Não deu tempo para minha mãe ser encaminhada ao hospital, tive ânsia de nascer. A parteira, Dona Neneca, fora chamada às pressas, suas mãos talentosas conduziram-me por uma passagem estreita cheia de curvas sinuosas que se alargavam a medida do meu esforço – não sei ao certo se precisei empregar energia ou minha mãe ao ouvir a voz silente do meu coração esforçou-se, decerto que o esforço foi dela, tanto, que sangrou por mim – e apresentaram-me o mundo, ainda que num pequeno espaço de um quarto semi-iluminado. Nasci à luz de velas – temeram a claridade ofuscante e presentearam-me com uma luz tênue e romântica – e de olhos abertos atentos a tudo. Estranharam não haver choro e me aplicaram umas palmadas, aí também estranhei (pensei ser me dado o direito ao livre arbítrio, não quis chorar, então não chorei!). Admiraram-se, disseram parecer com um anjo e exclamaram que poderia não vingar, mas provei-lhes o engano – cresci e criei asas! Daí a origem do nome, Angela, e Marcia, porque segundo a denominação significa mensageira, anúncio de alguma coisa. Um anjo veio anunciar... Espero que seja sempre a vida. Tenho lembranças do meu pré e pós nascimento... A casa estava repleta de pessoas queridas, todos à minha espera. Meus irmãos tentaram adentrar as dependências onde me encontrava, mas foram barrados. Só conseguiram ver os pés da cama e os da parteira através de uma fresta de luminosidade que saía debaixo da porta. Ansiavam, felizes, minha chegada; duas tias também me aguardavam. Teve canja, bebida, algazarra, mas o que mais gostei mesmo foi de ouvir o badalar dos sinos, e a suave melodia da música-ambiente misturada à harmonia de sentimentos delicados. Aprazível leveza do ser... Ah, e os risos, olhares, sorrisos, neles, tantas vezes, mergulhei... E por fim, um pouco exausta dos festejos do dia, deixei-me abraçar e aconchegar na maciez dos braços de minha mãe e Sonhei, ora dormindo, ora acordada...



"Sonhar Acordado


Deixar que o dia me amanheça
E a noite em mim se aqueça
E acordado sonhar
Embriagado de luz

Sentir os raios em minha pele
E essa força que é tão leve
Me leva a outro lugar
E me envolve de paz...

Viver nem que seja
Só um segundo
Que as luzes em mim se acendam
E num lampejo
Sentir
Tanta delícia
Voar..." (Pepeu Gomes)

Angela Reis


bjo terno em cada coração ;



sábado, 9 de outubro de 2010

Desencontros




“O amor é frágil e a gente vai rezando para que essa coisinha frágil
sobreviva a todos os infortúnios” Do filme – Última Música

“Conviver é tramar, trançar, largar, perder e nunca definitivamente entender o que – se fôssemos um pouco sábios – deveríamos fazer” Lya Luft – In Pensar é transgredir



Eis que chega um casal para ratificar seu intento em dissolver a sociedade conjugal. Feita a pergunta crucial estala-se o silêncio. O vazio os abraça. Eu mergulho naquele vazio, um vazio de almas densas. Os dispo e eles se deixam despir. Ficamos assim, os dois nus à minha frente, o vazio nos circunda, o silêncio paira no ar. Meus olhos perscruta-os de forma acolhedora. Sou coração e ouvidos. Não divisamos sons, mas os ouço. Fala sem falas. O homem ao ouvir a pergunta imediatamente baixa os olhos, sua boca tenta articular algo, sua voz não sai, quem sabe por estar embargada, quiçá quisesse gritar “Não”, e expressar que queria manter-se ligado àquela a quem Deus o havia predestinado, ou então, numa tentativa fracassada de interiorizar-se e ter certeza daquele malfadado passo. Era certo, o amor ainda permanecia ali. Alguma coisa ainda os unia, mas queriam se desvencilhar. Porventura houvesse algum peso. Ansiavam sentirem-se mais leves, não sabendo que todas as escolhas tinham seu preço. Necessitavam buscar soluções simplórias como se tudo fosse tão simples assim... E na verdade, não era nada fácil. Desatar laços nunca é fácil, principalmente quando se ama. Não queriam pensar em nada, e o nada volta à tona. No vazio também havia um mar e ambos afogavam-se nas ondas. Desejavam sentirem-se livres de tudo. Uma tal liberdade mesclada. Pra um, pouco tardia, para outro, inesperada. Foi ela que eclodiu sua voz no silêncio vazio de palavras. Verberou que era da vontade de ambos desvincularem-se, ele assentiu, mas soava falso. Era tudo falso naquele momento. Ela só não queria ouvir dele a palavra que tanto iria lhe machucar. É preferível falar primeiro o que não desejamos escutar, é muito menos doído. A quem tentavam enganar? Perderam-se no caminho... O amor despediu-se e o lenço não era branco, era cinzento.


Desejei mudar aquela situação, resolver todos os mal-entendidos, mas há coisas que nos escapam às mãos. E o vazio também ficou em mim... Mas eu também gosto de sentir o vazio, ele me inspira; há dias no vazio, um vazio preenchido de dias. No vazio o tempo para. Não se conta as horas, lá não existe relógio; No vazio existe um mar no qual necessitamos muitas vezes mergulhar; há também um deserto e no deserto sempre há oásis. No vazio de dias há chuva e sol, há também flores diversificadas, e, portanto, há também perfumes. Há aceitação, há superação. No vazio também encontro Deus e Ele me preenche de tudo. Preenche-me de existência. De Ser. Eu sou, eu nada sei, porque nada entendo. Às vezes busco entender, mas não compreendo, tento aceitar, às vezes aceito. Mas vivo, porque minha ânsia é viver. Tenho fome e os dias me alimentam.


Tantas vezes me perdi e também me encontrei. Eles hão de se encontrar. Sim, hão de se encontrar, bem como irão se perder tantas vezes. Porque a vida é deste modo, é feita de encontros e desencontros, e a gente segue à deriva, num barco à vela, içada pelo vento, ora tempestade, ora calmaria, entre erros e acertos, vivendo e aprendendo a viver...



“Em mim
Eu vejo o outro
E outro
E outro
Enfim dezenas
Trens passando
Vagões cheios de gente
Centenas

O outro
Que há em mim
É você
Você
E você

Assim como
Eu estou com você
Eu estou nele
Em nós
E só quando
Estamos em nós
Estamos em paz
Mesmo que estejamos a sós” (Leminski – In Caprichos & Relaxos)


Angela Reis

Bjo carinhoso no coração de todos =*



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O retorno e terno regresso

"A surpresa - olhar-se no espelho e dizer deslumbrada: Como sou misteriosa. Sou tão delicada e forte. E a curva dos lábios manteve a inocência.

Não há homem ou mulher que por acaso não se tenha olhado ao espelho e se surpreendido consigo próprio. Por uma fração de segundos a gente se vê como a um objeto a ser olhado. A isto se chamaria talvez de narcisismo, mas eu chamaria de: alegria de ser. Alegria de encontrar na figura exterior os ecos da figura interna: ah, então é verdade que eu não me imaginei, eu existo" Clarice Lispector






A saudade já não cabia em mim, jorrava por dentro, então por que adiar o inadiável momento, retorno e terno regresso e não obedecer ao comando do afeto, da vontade do querer? Eis-me aqui, estou feliz por isso -"estou voltando pra casa outra vez" ;)


Não sei se já estou pronta, queria uma entrega maior, como dias de primavera que as flores se abrem e se dão ao mundo, se deixam acariciar pelo sol, e ao escurecer mais resguardadas recebem o orvalho da noite, mas estando pronta ou não, é assim que me encontro, desabrochando, amanhecendo, se dando para a vida, talvez ainda num caminhar incerto, mas o tempo é feito de incertezas, de vacilações, e é desta forma que sou, inconstante, feita de metades e incompletudes que se complementam e se inteiram entre si. Mulher de fases! E neste momento minha face está iluminada pelo dia, sendo que a outra face está voltada para o escuro da noite que também permanece em mim.


Inicia-se uma nova fase, A lua no dia, mais feliz quem sabe...




"Eu sabia quem era quando acordei de manhã, mas acho que mudei muitas vezes desde então. Não sei como me explicar bem, porque não me entendo para começar... Bem, talvez você não tenha descoberto ainda. Mas quando se tranformar numa crisálida, e se transformará um dia, e daí numa linda borboleta... você se sentirá meio estranho... você talvez seja diferente...

A uma certa altura da vida provavelmente quando tiver passado boa parte dela, você abrirá os olhos e se verá por aquilo que é, especialmente por tudo que a tornou tão diferente, e você dirá a si mesma, eu sou essa pessoa, e aí nessa afirmativa, haverá uma espécie de amor" (Do filme, A menina no país das maravilhas)

Angela Reis

P.s.: Obrigada a todos pelo carinho, pelo afeto, abraços e palavras deixadas aqui qdo de minha ausência. Responderei! Senti saudades =) Bjo no coração =*



domingo, 9 de maio de 2010

Viagem além Mar

fonte google



"Quando o amor vos chamar, segui-o,
Embora seus caminhos sejam agrestes e escarpados;
E quando ele vos envolver com suas asas, cedei-lhe,
Embora a espada oculta na sua plumagem possa ferir-vos;
E quando ele vos falar, acreditai nele,
Embora sua voz possa despedaçar vossos sonhos
Como o vento devasta o jardim.
Pois, da mesma forma que o amor vos coroa,
Assim ele vos crucifica.
E da mesma forma que contribui para vosso crescimento,
Trabalha para vossa queda.
E da mesma forma que alcança vossa altura
E acaricia vossos ramos mais tenros que se embalam ao sol,
Assim também desce até vossas raízes
E as sacode no seu apego à terra.
Como feixes de trigo, ele vos aperta junto ao seu coração.
Ele vos debulha para expor vossa nudez.
Ele vos peneira para libertar-vos das palhas.
Ele vos mói até a extrema brancura.
Ele vos amassa até que vos tornei maleáveis.
Então, ele vos leva ao fogo sagrado e vos transforma" (Kalil Gibran)


"A saudade é flor que só floresce na ausência. É nela que se dizem as orações suplicando dos deuses a graça da repetição da beleza. E é só para isso que existem os deuses: para garantir o retorno do belo" (Rubem Alves)



E na mala levou saudade... todas as lembranças das horas idas, do que ficou no retrato... aquele sorriso, a ternura dos abraços, os choros de alegria e tristeza, os momentos compartilhados...

"Depois de várias tempestades e naufrágios, o que fica em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro "(Caio Fernando Abreu)

"Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amar
a vida dos seres humanos.
A consciência de aprender tudo
o que foi ensinado pelo tempo a fora.
Lembraria os erros que foram cometidos
para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria pra você, se pudesse,
o respeito àquilo que é indispensável:
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo,
O de buscar no interior de si mesmo a resposta
e a força para encontrar a saída"
(Mohandas Karamchand Gandhi)


fonte google



Ali, bem ali, além do horizonte Deus reservou um presente para mim... Deu-me asas (Angela = Angel = anjo) - que me permitem viajar, voar... Deu-me um MARcia (Marcio(a) - que significa mensageiro(a), ou de Marte - talvez eu seja de outro mundo, quem sabe) - Mar de possibilidades, de sentimentos firmes, verdadeiros e profundos... Há um MAR em mim, um mar de AMOR, que vem da doçura do verbo AMAR (Angela + MARcia)... Guiada pela mesma estrela (do oriente) que conduziu os REIS magos e protegida por todos os SANTOS (Angela Marcia Reis dos Santos). Deu-me a luz da lua (Luna Luz)... Sim, bem ali, além do horizonte Deus preparou um presente para mim... foi assim que, após retornar de uma reunião de trabalho, no transcorrer da viagem, quando já não avistava mais possibilidades, eis que vejo desenhada numa nuvem uma mão estendida, como a me mostrar e a me oferecer um mundo inteiro de beleza, amor, sonhos e inúmeras realizações (caminhos)... tenho a marca de uma estrela sob o meu dedo anular, não sei o que significa, quem sabe no céu haja uma estrela reservada para mim... Mergulho e voo nos meus sonhos... numa viagem além mar...

Meus queridos amigos, vou fazer uma grande viagem, mas VOLTO. Levarei cada um que passou por aqui e deixou tanto para mim em meu coração.

Meu carinho, afeto, amizade, ternura! =* Jesus os abençoe!! =*


Angela Reis (Luna Luz)



Estou bem, não se preocupem =) É só uma viagem... VOLTO. Um beijo na ponta do nariz =*****
Ps. Os textos postados aqui são alguns trechos de capítulos de um livro que estou a escrever, que revela O surgimento de um grande Amor, do Encontro, dos desencontros, dos vários caminhos, das escolhas, a busca pelo outro, o encontro consigo mesma... é uma história de amor, alegria, sofrimento que conduz ao aprendizado, crescimento espiritual e do encontro com Deus... Compreensão do verdadeiro sentido da vida, de onde provém toda fonte de felicidade... Amor, fogo sagrado que nos transforma... Não importa que o seu Amor seja ou não sozinho, o que importa é que é Amor... quanto mais se ama há o alargamento do coração, da capacidade de Amar a todos independente de qualquer coisa... do reconhecimento de que o AMOR é a verdadeira essência divina.
Amai-vos uns aos outros =*
Beijosssssssssssssss

sábado, 10 de abril de 2010

Creio que foi o sorriso...




“Escrevia silêncios, noites
Anotava o inexpressável
Fixava vertigens” (Rimbaud)


Nada como um banho quente em tempos de chuva. Na banheira ervas aromáticas para relaxar, música ambiente ao som de Richard Clayderman. Hummm, precisava disso, a correria do dia a dia estava deixando-me um tanto que estressada. Lá fora chovia, mas chovia também dentro de mim. Lembranças da infância vieram-me à mente, das muitas vezes que minhas (meus) irmãs(os), primas (os), amigas(os) e eu brincávamos debaixo de chuva, correndo entre as poças para desespero das mães. Dos barquinhos de papel que pegavam corrida... Passada a nostalgia, hora de debruçar-me sobre os livros. Levantei da banheira e passei a enxugar-me, respingos de água salientes percorriam o meu corpo. Da janela do meu quarto apreciei por alguns instantes o tempo, o desenho das nuvens, os pingos de água que emanavam de lá, as folhas que caiam das árvores nesse inicio de outono. O vento que as levava para passear... Hora de concentração, de silêncio exterior e também interior. Fiz uma breve leitura de reconhecimento dos livros de direito processual do trabalho dos doutrinadores Sergio Pinto Martins e Carlos Frederico Zimmermann. Procurei ouvir o autor do livro que detinha em mãos, a linha de raciocínio... mergulhei na Organização Judiciária do Trabalho fazendo um apanhado dos dissídios ou conflitos de trabalho, a competência e a solução de tais conflitos. Retornando aos princípios esbarrei-me no princípio da verdade real o qual busca os caminhos da verdade, e a despeito desse tema mais ou menos interligado, pus-me a divagar...

Por que amamos quem amamos?! Questões filosóficas, sentido das coisas...

É sempre assim, a presença do sol é muito forte em minha vida, é um pedaço de mim que se foi, que marcou, e, qualquer coisa me faz relembrá-lo... É saudade que bate no peito, presença da ausência. Parafraseando Rubem Alves “Por vezes andar para frente é ficar cada vez mais longe. Os adultos andam para frente. Os poetas parecem andar para trás”. Sim, a saudade nos move, mas também nos impulsiona. Minha alma é movida pela saudade, do que vivi, do que não vivi, do que ardentemente desejo viver. E antes de viver, eu sonho. Eu sou feita de sonhos, sou feita de amor. Minha alma suspira, é o sol, à minha frente o seu retrato, que eu mesma pintei. Nele o que chama mais atenção é o sorriso, sorriso de alma de menino. E ai deparo-me com aquela mesma pergunta.

“Creio que foi o sorriso
O sorriso foi quem abriu a porta
Era um sorriso com muita luz
Lá dentro, apetecia entrar nele
Tirar a roupa, ficar nu
Dentro daquele sorriso” (Eugenio de Andrade)

Angela Reis (Luna)

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Estrada quebrada

imagem google


“Penso que todos os passos perdidos são meus”
Chico Buarque

“Pode alguém subtrair nossa esperança?
Só se não soubermos
Nem quem somos
Nem de onde brotam os sonhos de criança”
Carlos Augusto Cacá
"Tic, tac, tic, tac
O pêndulo do relógio é o único ruído no silêncio da falta que me faz...
o tempo escoa”
Angela Reis


imagem google


Bem, eu estou aqui
Voei o mais alto que pude
Para te encontrar
Bem, onde está?
Nos desertos que galguei
Vi miragens...
Ao avistar-te ao longe
Segui teus passos
Raios de luz sempre a me guiar

Tempestade de areia atravessou meu caminho
Varrendo teus rastros do chão
Sem rumo me vi, sem direção
Bem, bem (eco)
Bem, estou aqui, aqui (eco)
(Ouço apenas minha voz)

Nuvens se descortinam em tons de cinza
Onde céus e terra se avistam
No peito há um vazio a torturar-me
Vejo-me aqui, distante, perdida
Nessa estrada quebrada
O abismo e meu vazio se encontram
À minha frente um mar de águas densas e profundas,
Lembrou-me o teu mar,
Lembrou-me o meu mar

Pernas trêmulas, pés fatigados,
Dobram-se joelhos e se prostam numa oração:

“Bem, estou aqui
Anseio por teu sorriso,
Tua branca luz
Bem, preciso sentir o calor do teu abraço,
A tua mão na minha mão
Desejo ouvir a tua voz sussurrando-me ao ouvido
Dizendo-me que está tudo bem, que vai ficar tudo bem
Bem, estou onde a terra, o céu e o mar se encontram
Bem, eu estou aqui
Bem...”
Angela Reis


"O amor é uma flor delicada,
mas é preciso ter coragem de ir colhê-la à beira do precipício"
Sthendal






Talvez não ser
É ser sem que tu sejas
Sem que vás cortando
O meio dia com uma flor azul...
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
Sou e somos
E por amor
Serei... serás... seremos...

Pablo Neruda

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Soar de Esperança

imagem: google



"O amor é tão mais fatal do que eu havia pensado, o amor é tão mais inerente quanto a própria carência, e nós somos garantidos por uma necessidade que se renovará continuamente. O amor já está, está sempre. Falta apenas o golpe da graça"

"Como cavar na terra até encontrar a água negra, como abrir passagem na terra dura e chegar jamais a si mesma?"

"Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite"

"... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. ... Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso."


Clarice Lispector




Não sei mais em que tempo vivo, meus pensamentos se tumultuam, as imagens embaralham-se, passado, futuro e presente se enroscam, misturados a sentimentos confusos, confessos, conexos... amor, saudades, alegria e tristeza todos juntos numa roda vida que vai girando, girando... momentos de turbulência, momentos de calmaria...


Faz frio, de repente fez-se inverno, o colorido deu lugar a tons de cinza... era uma manhã de sol, as árvores agitavam-se alegremente com o acariciar do vento, abanavam suas folhas cumprimentando-me... o verde musgo tão sugestivo... cor de esperança. Acho que fiquei louca ao ouvir momentaneamente o soar de trombetas e uma doce e suave lira tocada por querubins acompanhada por um coro de pássaros... a bem da verdade era o descompasso do meu coração ribombando ao compasso de uma sinfonia musical orquestrada por arcanjos... sintomas, talvez, de amor, saudade e uma pitada de esperança ao rever o bem amado... Mas ainda era cedo, meu coração estava apreensivo, de certa forma, eu sentia, eu sabia, era cedo ou demasiadamente tarde... nenhum espaço para qualquer tentativa de reaproximação... o mar fez-se rocha e qualquer mergulho seria fatal. A mim não cabia naquele instante nem voar, asas machucadas, sentia o peso do avesso... o sol que me aquecia era também o sol que me queimava... De repente, não mais que de repente o verde fez-se cinza que encobriu a esperança, dos olhos brotou um choro tímido, silencioso, vindos de um coração que sangra. Fez escuro... foi-se o sol e com ele a luz dos meus dias... Mas a esperança tá lá, inquieta, viva, encorberta por uma nuvem cinza, mas presente, aprendendo a arte da paciência, a dor que sabe esperar. Dura a esperança o tempo que dura o amor. "Enquanto houver vida, as possibilidades existirão"...

Angela Reis (Luna)

beijos enluarados no coração de todos =*

imagem: google



"O tempo flui...


...

E assim o sangue corre em cada veia
O vento brinca com os grãos de areia
Poetas cortejando a brança luz
E ao mesmo tempo que machuca o tempo me passeia

Quem sabe o que se dá em mim?
Quem sabe o que será de nós?
O tempo que antecipa o fim
também desata os nós
Quem sabe soletrar adeus
Sem lágrimas, nenhuma dor

Os pássaros atrás do sol
As dunas de poeira
O céu de anil no pólo sul
Há dinamite no paiol
Não há limite no anormal
É que nem sempre o amor
É tão azul

A música preenche sua falta
Motivo dessa solidão sem fim
Se alinham pontos negros de nós dois
E arriscam uma fuga contra o tempo
O tempo salta" Clara Becker

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Eis que surge o sol na primavera de minha existência

fonte: google



“Rifa-se um coração... Um idealista...Um verdadeiro sonhador...
Rifa-se um coração que nunca aprende. Que não endurece, e mantém sempre viva a esperança de ser feliz, sendo simples e natural.Um coração insensato que comanda o racional sendo louco o suficiente para se apaixonar". (Clarice Linspector)





Manhã de primavera, cheiro de pétalas no ar, o sol estava brilhando lá fora, alguma coisa me dizia que aquele dia prometia, seria o início de algo tão belo e transcendente. Pela fresta da janela do meu quarto raios de sol adentravam beijando-me o corpo inteiro. Nos lábios um sorriso sem que, nem pra que. Sempre tive a mania de sorrir quando viajava em meus pensamentos. Minha mãe certa vez, após vários observações sobre episódios como esse perguntou-me se eu conversava com alguém quando sorria assim. Ela pensava que eu falava com anjos, coisas de mãe... bom, mais isso é uma outra história... E como viajava!! acho que esse não é o tempo certo, a verdade é que viajo mesmo. Pego as asas da imaginação e vôo. Também adoro mergulhar, de cabeça mesmo. Então vôo, mergulho e pouso. E o que tudo isso provoca em mim, me fez recordar uma citação de Martha Medeiros “... Viver tem que ser perturbador, é preciso que nossos anjos e demônios sejam despertados, e com eles sua raiva, seu orgulho, seu asco, sua adoração ou seu desprezo. O que não faz você mover um músculo, o que não faz você estremecer, suar, desatinar, não merece fazer parte da sua biografia…”E a isso eu chamo de mergulho profundo... E voar é sair por aí, viver, procurando a cena feliz ou tentando construir a cena feliz, e quando você se depara com alguém que vislumbrou há muito tempo, antes mesmo de conhecer, naquela sua cena feliz, aí que tudo acontece, teu imaginário materializado em corpo e alma...



Descrição do sol

Ele foi assim para mim... como poderia descrevê-lo, hum... deixe-me ver, sorriso mais belo que alguém pode ter, de humor e inteligência brilhantes, voz inebriante, uma alma de criança mais nada infantil, romântico, apaixonado pela vida, de excelente bom gosto, conhecedor exímio de literatura, um verdadeiro amante da poesia, e uma coisa que reflete muito sobre ele é a presença forte de Deus em sua vida. Então como não se apaixonar?


Voltando a manhã de primavera, aquele foi o dia D:
O marco da história, o início de tudo. Até então não me dava conta do quanto tornar-se-ia importante...


Assim... Na primavera, uma das estações do ano, eis que surge o sol com o sorriso mais lindo e mais doce que há, com os seus raios de luz a aquecer-me por inteiro, eu lua, na primavera de minha existência...



fonte google



Anjo



Eu vi um anjo
Certamente que não tinha asas
Mas eu vi um anjo!!
Ele me sorriu
E eu não conseguia desviar o olhar da tua boca
Sim
Eu vi um anjo
Não, não tinha asas
Mas tinha um abraço tão quente
Que aquecia minha alma
O coração
E o corpo inteiro
É, eu vi um anjo
E esse anjo me sorriu
E me abraçou
Tinha uns olhos tão doces que me cativou
E cativa estou

Angela Reis (Luna)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Recordar é viver

fonte google


"Se tu amas uma flor que se acha numa estrela, é doce, de noite, olhar o céu. Todas as estrelas estão floridas."
“Tu porém, terás estrelas como ninguém... Quero dizer: quando olhares o céu de noite, (porque habitarei uma delas e estarei rindo), então será como se todas as estrelas te rissem! E tu terás estrelas que sabem sorrir! Assim, tu te sentirás contente por me teres conhecido. Tu serás sempre meu amigo (basta olhar para o céu e estarei lá). Terás vontade de rir comigo. E abrirá, às vezes, a janela à toa, por gosto... e teus amigos ficarão espantados de ouvir-te rir olhando o céu. Sim, as estrelas, elas sempre me fazem rir!"
Antoine de Saint -Exupéry
Não consigo dormir, minha cabeça dói, lateja, insônia... e entre soluços entrecortados vibra o meu pequeno corpo de alma infantil. Preciso de ar, estou sufocando, uma dor me transpassa... corro ligeira e ofegante e abro a janela e recebo o oxigênio da vida. Uma lufada de vento adentra o meu quarto, sinto a brisa da noite acariciar-me a pele como um convite de boas vindas. As lágrimas ainda escorrem pelo meu rosto, sinto o sal do meu corpo, contemplo o céu, a lua... vejo-me ali, nua, despida, mas inda assim com um véu de mistérios que a cobre, lua apaixonada e solitária ainda que sob o pálio estrelado da escuridão da noite... olho as estrelas que me sorriem, que me fazem recordar... uma lágrima solitária escorre quente sobre minha pele me fazendo perceber que estou viva e que desejo mais que tudo continuar vivendo e amando intensamente... de repente sinto um abraço amigo, puxa-me de encontro a si, deixo-me abrigar em seus braços, então ele me diz que está tudo bem, tudo bem... adormeço e sonho... Jesus está comigo segurando a minha mão...

Angela Reis

bjos na alma de todos


Será para sempre em mim a memória daquilo que foi

fonte: google


“Como esta noite findará e o sol então rebrilhará
Estou pensando em você
Onde andará o meu amor
Será que vela como eu
Será que chama como eu será que pergunta por mim
Onde estará o meu amor
Se a voz da noite responder onde estou eu
Onde está você
Estamos cá dentro de nós
Sós
Onde estará o meu amor
Se a voz da noite silenciar
Raio de sol
Vai me levar
Raio de sol
Vai me trazer" (Maria Bethania, onde estará o meu amor)





Vida
Tempo
Tempo vida
Em contrapartida
Partiu, partiste
Parti para a outra extremidade de mim
Cortou-se o cordão umbilical que nos unia
Parti, como também parte meu coração
Entre cansaços
Desata-se o laço
partiste sem contrição
para outro ponto avesso de mim
E entre lágrimas incontidas soluça o meu corpo febril
Mergulho no vazio do tempo
templo de alegrias, tristezas e vicissitudes
Em câmara lenta passa um filme daquilo que foi
Vejo meu andar incerto e errante numa névoa que se vai ao longe
Mais que deixa em mim para sempre as marcas
daquilo que não se pode mais corrigir
Olho outra vez para névoa dos meus erros
sinto minha pequenez
Vejo-me aqui inerte, de mãos atadas
O que há fazer quando não se pode voltar
Quando sua vontade esbarra no vazio de outra vontade
Quando sua vontade seria andar em sentido inverso,
contrário
Refazer o caminho

Tempo...

Sigo
Então prossigo
E ouso não olhar para trás
Uma parte de mim que fica
Uma parte que levo comigo...
Ambos partimos para extremos opostos
sol e lua...

Guardado no cofre do coração

Permanece em minha memória aquilo que foi e para sempre será.



Angela Reis

bjos no coração de todos =*


domingo, 17 de janeiro de 2010

Prólogo

fonte: google

"A casa da saudade chama-se memória: é uma cabana pequenina a um canto do coração."( Coelho Neto )

“Mesmo quando o coração se turva e a alma só chora, mas na alma há a certeza da vitória, vou sofrendo, mas seguindo... tudo posso...”(Pe. Fábio e Celina Borges)


Meus pensamentos ziguezaqueiam no ar, às vezes confundem-se num tempo só, passado presente, futuro misturam-se... em meu peito apenas um vazio, a falta daquilo que me faz... vontade de voltar, de andar para trás, de estar ali, mergulhar novamente naquele sorriso, naquela alma de menino-homem-menino... e sentir seu cálido abraço... quantas vezes me perdi em seus labirintos... quantas vezes mergulhei fundo, voei alto, embrenhei-me em matas, escalei montanhas, só para poder estar ali ... mas acho que nunca estive... sois sol e eu tal qual uma lua adversa como no poema de Cecília.

Angela Reis

bjos enluarados na alma de todos =*

Sol e Lua


Somos como o sol e a lua
À noite e o dia
A claridade e a escuridão
Somos o oposto
Oposto que se complementa
Que não se encontra
Que vive por sonhos
Nossos caminhos se cruzam
Mais não lado a lado
Sua saída é minha entrada
E vice-versa
Mais e nestes encontros que se cruzamos
Se encontramos e conhecemos um ao outro
Surge um beijo
Beijo estranho
De segundos que duram milênios
Nossa eternidade é a contradição dos ponteiros
Eu o sol e você a lua
Você como dama da noite, tão misteriosa
Eu como o sol que radia e que dificulta a proximidade
Esta é nossa trajetória
Fico correndo o dia para chegar à noite
E por instantes seus olhos olharem sem falas
Somos eu e você
Tão estranhos
Tão confusos
Tão irreal
Somos o sol e a lua
À noite e o dia
Somos eu e você (Rodrigo szymanski)
bjos enluarados no coração de todos que passarem por aqui! =*

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