Tanto se fala em saudade, mas a saudade não é só uma palavra, é sentimento. Eu diria que a saudade é uma menina que brinca com o tempo. Ah! E como brinca, ri e chora ao mesmo tempo. O tempo às vezes briga com a saudade, dizendo que tem que seguir em frente, mas a saudade sempre quer voltar - isso me faz recordar uma citação de Rubem Alves in: O amor que acende a Lua “A saudade é nossa alma dizendo para onde ela que voltar" -, mas o tempo não volta. É teimoso o tempo, ou teimosos somos nós?
Mas o bom mesmo é sentir saudade, e ela é tão forte que mesmo na presença a gente continua com vontade de quero mais e aí começa a sentir saudade de cada segundo que se passa. Quer se comer a presença, absorver o outro por inteiro.
Bom, mas como eu disse antes a saudade ri e chora. A saudade ri mais quando se está ainda com alguém, e aí “é a saudade que prepara o abraço de amor na volta daquele a quem se ama” (do livro O amor que acende a lua). Ah! Mas quando ele não volta (pessoa a quem se ama), quando ele não volta, aí a saudade mais chora que ri, só se resta as lembranças, então a saudade volta e volta, driblando e brincando com o tempo. E como bem disse Camilo Castelo Branco "Saudade é um afeto, excelso amor, o melhor amor e o mais incorruptível que o passado nos herda."
Angella Reis
Um comentário:
Ai, a saudade...
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