Imagine se você não tivesse direito à felicidade. Não pudesse fazer escolhas e seus passos fossem sempre controlados. Se temesse andar nas ruas, sob pena de ter sua integridade física ameaçada ou violada, face à diversidade de religiosa ou orientação sexual; como se não bastasse a discriminação/desigualdade racial, de gênero e classe social, enfim. Imagine, ainda, se propagassem a intolerância e fizessem campanhas com discurso de ódio, conclamando idéias separatistas por pura incapacidade de aceitação. Imagine se tudo isso lhe causasse sofrimento e não suportasse o apedrejamento, ser sempre apontado, motivo de chacota e aversão. Imagine se fosse visto como uma anomalia e quisesse deixar de ser você para tornar-se 'moralmente aceitável'. Imagine se não soubesse lidar com tais conflitos e num último estágio da dor cometesse suicídio. Imagine, ainda, se conseguisse desenvolver a capacidade de resiliência, mas fosse-lhe cassado o direito de viver, depois de sofrer na pele inúmeros abusos. Imagine que não tivesse direito de lutar por seus direitos e de se alegrar por suas vitórias, para não afrontar aqueles que simplesmente discordam. Imagine se não tivesse quem olhasse por você, apoiasse suas causas e vibrasse com suas conquistas.
Agora imagine o inverso. Um mundo mais colorido e justo, onde reina a paz, o amor, a esperança; e o respeito ao próximo e às suas escolhas são tidos como primazia de interesse público.
Você não precisa concordar com tudo e ser condizente com o Outro. Você só tem que deixar cada um viver a sua própria história. Afinal não nos foi concebido por Deus o livre arbítrio? Viva e deixe viver. Viva as suas verdades e respeite as verdades alheias. Um mundo melhor agradece.
Angella Reis
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