De
repente a gente acorda e decide dar um novo rumo à nossa vida. À busca daquele
projeto tão sonhado e que fora alimentado há anos, aparentemente esquecido, ou
adiado em razão de determinadas circunstâncias. Chega um momento que tudo
parece fora de lugar, que não mais se encaixa, como se tivesse faltando um
pedaço; ou se enquadra, como uma fotografia velha num ambiente arrojado. O
tempo passa, o mundo se transforma. A gente muda ou sente a necessidade de
mudança. Todo dia é novo. É a vida em movimento, nos pedindo abre alas. Então,
a gente decide abandonar as roupas usadas, sentir outros ares, redescobrir-se,
se vestir do novo que virá. E segue na contradança dos passos, engrenados por
desejos, indo ao encontro de nós mesmos, em busca de respostas para nossas
inquietações. É obvio que ninguém tem a fórmula certa, uma bússola que indique
qual o melhor caminho ou a escolha perfeita. Talvez, tomar aquele percurso, pegar
àquela estrada, não seja a decisão mais acertada, mas se não nos movermos nunca
saberemos aonde chegar. Adentraremos tão somente no campo da imaginação, presos
ao nada, aquém das realizações, frustrados por não termos a coragem suficiente para
ir além.
Às
vezes nos acovardamos... Tememos dar o primeiro passo para o desconhecido. É
muito fácil e cômodo viver àquilo a que estamos habituados, sem os riscos, sem
as mudanças que nos assustam. A palavra
de ordem é travessia. Afinal, a vida é uma passagem, um bilhete premiado
que nos permite viagens no tempo e no espaço. Um caminho, um trecho onde atravessaremos
pontes, rios, mares; Percorreremos estradas e labirintos infindáveis. A vida
não para. Ela segue, o tempo passa, e é da natureza ir em frente, não
estacionar no tempo, porque nada é permanente, tudo é passageiro. Somos
passageiros etéreos dentro do temporário. É preciso enfrentamento, não fugir,
seguir adiante, estar preparado e sempre pronto para o próximo salto. Vencer o
medo. Esse medo que nos paralisa, que nos impede de alçar voo, de viver a fundo,
nos satisfazendo com a superfície, com o que é possível de ser alcançado.
Esteja
aberto, deixe-se levar, conduzir em passos de (mu)danças, através delas nos
trasladamos. Atravessemos.
Angella
Reis
8 comentários:
Oi Angella!
Querida amiga... estou felicíssima por estar de volta!
Temos mesmo que ter a iniciativa de não nos acovardarmos e alçar voos, por mais difícil que seja.
Que Deus abençoe muito o seu voar!
Beijos amiga,
Mariangela
conversando com voce muito tempo atras e percebendo seu espirito aventureiro sei que voce nao deixa trasnparecer esses medos, ao menos aos menos proximos
quem sabe um dia mais bom papo
A vida é uma permanente aventura...
Feliz por tê-la de volta!
Bjs
Atravessemos pois amiga, vai um empurrão para ajudar?
Fiquei feliz pelo regresso...
Beijinhos
Este pensador, viageiro entre Sois
Esta Ave pousada em mil embarcações
Este barco que passa sem vela ou remo
Esta arca repleta de vibrantes emoções
Esta mestiça flor de açafrão
Este ramo de espinhos cravados na mão
Esta alma que não ousa largar opinião
Este homem vestido de solidão
Ouvi um som profundo e breve
Vindo de uma perdida lembrança
Toquei de leve os trincos da memória
E senti o golpe frio de uma afiada lança
Boa semana
Doce beijo
exato, concordo contigo!
Olá, Angella!
Sábias palavras... assino embaixo do que você disse!
Bjo!
Olá, Angella!
Sábias palavras... assino embaixo do que você disse!
Bjo!
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