domingo, 14 de agosto de 2016









Hoje temos comemoração em dose dupla.  Um dia a mais no calendário para festejar a vida,  rememorar as lembranças, agradecer a presença, mesmo que fisicamente, por alguma razão maior,  além do conhecimento humano, não esteja em nossas vidas,  mas foi presente e sempre será Presente, porque enraizado em nós. Hoje a comemoração foi em dose dupla, como a vida a nos mostrar que sempre haverá um motivo para continuar,  para celebrar.  Minha pequena gigante, não só gigante no tamanho, gigante na força, na superação, 19 anos,  nossa como o tempo passou tão rápido,  eu sei que a vida não tem sido fácil,  mas com toda a dificuldade ela é boa de se viver.  A gente acaba dando,  como aprendizes que somos, muitas cabeçadas,  mas acumularemos muitas risadas, muita história para contar dignas de um bom livro. Sei que muitas vezes gostaria que o roteiro fosse diferente, ocupar o papel de outra heroína para fugir um pouco da sua própria história,  mas acredite tem muita heroína aspirando ser você. Todas as pedras no caminho são apenas degraus para fazê-la crescer.  Você vai subir ao topo, vai olhar para trás, ver tudo que caminhou, vai se orgulhar por não permitir que as pedras te fizessem parar e vai dizer: eu venci. Minha princesa guerreira que Deus te abençoe infinitamente mais! Te ilumine,  te conceda sabedoria,  que saiba lidar com o diferente e que faça a diferença.  Que te conceda muitas primaveras,  que te lembre de ser flor,  de manter a doçura,  mesmo em meio aos espinhos. Que seja como a dente de leão em constante renovação mesmo no inverno e outono. Que não esqueça das suas raízes porque elas te manterão firme e no chão.  Que não limite teus sonhos pois eles te darão asas para voos ainda maiores.  Que você não tenha medo e se os tiver que saiba enfrentá-los.  Acredite em você e acima de tudo em Deus.  Que você se ame e reconheça os que lhe tenha amor.  E que sempre celebre a vida mesmo quando a tristeza bater à porta.  E principalmente comemore a dádiva de ser quem é.  Que não abra mão dos princípios e do valor que tem.  Que não se desespere quando não souber lidar com o amor,  quase ninguém sabe, rsrs.  E se uma história não der certo não tenha medo de tentar de novo, acreditar no amor outra vez.  Que você tenha sempre cuidados,  não ultrapasse o limite do que é certo, nem do que não te faça bem.  Preze sempre o respeito por si e pelo outro pois ele te conduzirá a justiça. Que não esqueça que tem família e amigos a quem recorrer e de ser mão amiga a quem precisar.  Que seja mais você, que o sorriso seja a tua marca e a fé a tua força.  E que descubra sempre motivos para ser feliz. E que a alegria seja um feliz atrevimento mesmo nos dias cinzas.  Que o seu sol não se esconda por muito tempo atrás das nuvens.  Que encontre nas pequenas coisas motivos para o Sol-risão se abrir. Deus te abençoe e te guarde!  Feliz aniversário! Foco, força e fé! Parabéns princesa Danielly. 

Angella Reis

 

 

Pai querido, hoje é o seu dia. O dia que nos reuníamos para comemorar a dádiva de ter um pai como o Senhor. E todos os anos colocávamos para tocar a mesma música, figurinha repetida, mas que sempre te emocionava como se fosse a primeira vez. Vai fazer quatro anos sem você. Não faz ideia do quanto sinto a sua falta. Às vezes sinto tanta saudade que não cabe em mim, aperta, dói o peito, o coração fica pequenininho...


Perguntaram-me como lidar com a falta. Respondi que não dá pra esquecer uma presença marcante. A vida meio que anestesia a gente. E a gente aprende, mesmo não sabendo, a viver, lidar com a dor, seguir em frente.
 

Feliz dia dos pais

Te amo ♥ .

quinta-feira, 26 de maio de 2016

O mundo não vê






Não nasci ao acaso,
Nem o acaso me trouxe até aqui
Percorro um caminho que ainda
Não sei onde vai dar,
Janelas abertas,
Portas abertas,
Cabeças!
O mundo não vê
indiferente ao sofrimento que passa,
Olhos vendados, 

Lábios mudos
Não há algum grito,
Não se escuta mais a dor que passa
Já não importa
Que vida, meu Deus!

Crianças em sua tênue inocência
Brutos invadem suas almas
Flagelam pobres coitados
O mundo não vê

A lua chora
O sol arde irado
O mundo não vê

A fome maltrata
Corpos doentes,
Retrato da violência
Janelas abertas,
Portas abertas
Cabeças
Olhos vendados
O mundo não vê
Não se faz nada

Maria chora
Pobre anjo dilacerado
Velhos não suportam o peso da cruz
O tempo jaz
Verdes mares, esperança
Quando?
O mundo enlouquecido não vê
Não se escuta mais os gritos
Não se dá mais atenção
O mundo cansado,
Vencido
Não se luta mais
Oh! Famigerada violência

Desertos
Olho em volta, nada!
Janelas abertas
Portas abertas,
O mundo fechou
Um vazio
Cabeças sumiram no pó
A terra escureceu
Num grito de dor
Que posso fazer?
Choro!

Sopra um vento
Um fio de esperança
Quem sabe
Bons tempos virão...
 

Angella Reis 

*escrito em 2004 em algum lugar do passado

quarta-feira, 18 de maio de 2016












Tempo de esperas

Por vezes é preciso silenciar e esperar. Deixar Deus agir. Esperar que o mar se acalme, que os sentimentos se acomodem dentro de si.

Angella Reis

quarta-feira, 11 de maio de 2016








Escrevo-te nos livros
na poesia cotidiana
nas linhas áridas do dia
nas calçadas da noite
nos muros da cidade
na pele
no universo que existe dentro
e fora de mim
para que fiques
e se eternize
quando houveres de partir
Assim minha solidão 
jamais será desacompanhada


Angella Reis












Inquietude é sair de si e começar a vagar sem destino.
        

 Angella Reis

terça-feira, 10 de maio de 2016










Por vezes é preciso se desconstruir para construir.


Angella Reis



A um passo


Presa ao vazio do quarto
Submersa em pensamentos
Ouço o tilintar das horas
que vão passando, se arrastando
As pálpebras pesam
O sono profundo se aproxima
Procuro respostas que não há
na inquietude de meu tempo
Só a saudade impera
Tal qual um animal ferido, doído
Em vasta recordação
Um turbilhão de imagens
passam aos meus olhos
Passado, presente e futuro
misturam-se
Confundem-se num corpo só
Inerte
Em debilitado delírio
A morte sobrevém à própria existência
E o que é a morte?
Senão a própria vida
Em outra dimensão
Como explicar o
inexplicável mistério
Sorrio, choro
Já não expresso palavras
Com nexo ou com certa concisão
Mergulho no vácuo do tempo
Num caminhar incerto
Alma em transe
A lua pousa
Em minha face amortalhada
Meu corpo febril queima
em desvario
suor frio escorre gélido
De encontro à eternidade
Procuro respostas
Respostas não há
Só a saudade soluça em meu peito aflito
Num despertar de lembranças e emoções.


Angella Reis

*Escrito há muitos anos atrás (meados de 2004), em algum lugar do passado.









Os ventos da mudança arrasam tudo à nossa volta. É preciso muita fé para se manter firme. Saber lidar com as adversidades, ser maleável. Lutar contra a força do vento é um ato temerário. É necessário ajustar as velas, seguir o rumo e esperar que os ventos soprem a nosso favor.



Angella Reis

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